A MISSA NOVA, UM CASO DE CONSCIÊNCIA
Capítulo IV
Testemunho insuspeito
de protestantes
É notório que, nos trabalhamos de preparação do novo
“Ordo Missae”, seis pastores protestantes, especialmente
convidados, estiveram presentes. Este fato explica a tendência
do novo “Ordo” de conciliar o ponto de vista protestante com o
católico nos assuntos relativos à ceia dos protestantes e à Missa
da Santa Igreja. Esta tendência teve como resultado um “Ordo
Missae” que, segundo declarações de próceres protestantes,
pode ser empregado também na liturgia de suas “ceias do
Senhor”.
1) Declarações de protestantes:
a.) Max Thurian, da Comunidade protestante de Taizé: “Um
dos frutos do novo “Ordo” será talvez que as comunidades não
católicas poderão celebrar a santa ceia com as mesmas orações
da Igreja católica. Teologicamente é possível” (“La Croix”, 30-
5-69).
b.) “O movimento litúrgico de âmbito universal que tem
lugar atualmente na Igreja Romana constitui um esforço tardio
no sentido de promover uma participação ativa e inteligente do
laicato na Missa de modo que os fiéis possam julgar-se
“concelebrantes” com o sacerdote” (Luther D. Reed, The
lutheran liturgy, p. 234).
c.) “Agora, na Missa renovada, não há nada que possa
verdadeiramente perturbar o cristão evangélico” (Siegevalt,
Prof. de Dogmática na Faculdade protestante de Strasbourg,
“Le Monde”, 22-11-69).
d.) “As novas orações eucarísticas católicas abandonaram a
falsa perspectiva de um sacrifício oferecido a Deus” (“La
Croix”, 10-12-69, palavras que Jean Guitton diz ter lido em
revista protestante muito apreciada).
e.) “Se se toma em consideração a evolução decisiva da
liturgia eucarística católica, a possibilidade de substituir o
cânon da Missa por outras orações litúrgicas, o afastamento da
idéia segundo a qual a Missa constituiria um sacrifício, a
possibilidade de comungar sob as duas espécies, não há mais
razões para as igrejas da Reforma proibirem aos seus fiéis
tomar parte na eucaristia da Igreja Romana”. (Roger Mehl,
protestante, em “Le Monde”, 10-9-70).
f.) “Dadas as formas atuais da celebração eucarística na
Igreja Católica e em razão das convergências teológicas
presentes, muitos obstáculos que teriam podido impedir um
protestante de participar de sua celebração eucarística parecem
estar em via de desaparecerem. Deveria ser possível, hoje, a
um protestante reconhecer na celebração eucarística católica a ceia instituída pelo Senhor (...). Nós nos atemos à utilização
das novas preces eucarísticas nas quais nós nos encontramos e
que têm a vantagem de matizar a teologia do sacrifício que
tínhamos o hábito de atribuir ao catolicismo. Estas preces nos
convidam a encontrar uma teologia evangélica do sacrifício”
(Trecho de um documento emanado do Consistório superior da
Confissão de Augsbourg e da Lorena, datado de 8-12-73,
publicado em “L’Église en Alsace”, número de janeiro de
1974).
g.) “A maior parte das reformas que Lutero desejava,
existem doravante no interior mesmo da Igreja Católica” – (...)
“Por que não se reunir?” (Seppo A. Teonen, teólogo luterano,
professor de Dogmática na Universidade de Helsiqui, jornal
“La Croix” de 15-5-72).
2) Julien Green, anglicano convertido, em sua obra “Ce
qu’il faut d’amour à l’homme”, p. 135, dá seu testemunho:
“A primeira vez que ouvi a Missa em francês, tive dificuldade em crer que se tratava de uma Missa Católica. Apenas a Consagração me tranqüilizou, embora ela fosse, palavra por palavra , semelhante à consagração anglicana”.
No mesmo livro, o autor conta a impressão que ele e sua irmã tiveram diante de uma Missa televisionada: Pareceu-lhes uma imitação grotesca do ofício anglicano. No fim ele perguntou à sua irmã: “por que é que nos convertemos?” (op. cit., p. 138).
“A primeira vez que ouvi a Missa em francês, tive dificuldade em crer que se tratava de uma Missa Católica. Apenas a Consagração me tranqüilizou, embora ela fosse, palavra por palavra , semelhante à consagração anglicana”.
No mesmo livro, o autor conta a impressão que ele e sua irmã tiveram diante de uma Missa televisionada: Pareceu-lhes uma imitação grotesca do ofício anglicano. No fim ele perguntou à sua irmã: “por que é que nos convertemos?” (op. cit., p. 138).
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