PEQUENO CATECISMO SOBRE O CONCÍLIO VATICANO II
Por um Noviço do Mosteiro da Santa Cruz
QUESTÕES 14 E 15
Questões de 1 a 5 / Questão 6 / Questões de 7 a 10 / Questões de 11 a 12 / Questão 13
Questões de 1 a 5 / Questão 6 / Questões de 7 a 10 / Questões de 11 a 12 / Questão 13
14 – DE TUDO QUE FOI
APRESENTADO SOBRE O CONCÍLIO VATICANO II, O QUE PODEMOS CONCLUIR?
Podemos concluir as
seguintes observações:
As forças liberais e
modernistas, que já minavam a Igreja, conseguiram colocar as mãos sobre o
Concílio Vaticano II. Pode-se então dizer, que o Vaticano Ii foi à faísca que
deflagrou uma crise que se preparava já de longa data na Igreja.[28]
Graças ao apoio de
João XXIII e Paulo VI, as forças liberais e modernistas introduziram nos textos
do Concílio, um grande número de suas idéias. Antes do Concílio, a Comissão
Preparatória havia preparado com cuidado, esquemas que eram o eco da Fé da
Igreja. É sobre esses esquemas que a discussão e o voto deveriam ter sido
feitos; mas eles foram rejeitados na primeira sessão do Concílio e substituídos
por novos esquemas preparados pelos liberais.[29]
Todos os textos do
Vaticano II devem ser rejeitados?
Pode-se dividir os
textos do Concílio Vaticano II em três grupos:
1) Alguns poderiam
ser aceitos, pois estão conformes á Doutrina Católica, como, por exemplo, o
decreto sobre a formação dos padres;
2) Outros são
equívocos, isto é, podem ser interpretados em sentido errôneo;
3) Alguns, enfim, não
podem ser compreendidos num sentido ortoxodo; na sua atual formulação, não
podem ser aceitos. É o caso da Declaração sobre a Liberdade Religiosa.
Os textos ambíguos
podem ser aceitos se forem – segundo a expressão de Mons. Lefebvre – interpretados
á luz da Tradição.
Os textos do terceiro
grupo não podem ser aceitos antes de terem sido retificados.[30]
Mas por quê?
Por que temos que
levar em conta o fato de que, eles (os textos), foram feitos pelas mãos dos
liberais e modernistas, que colaboraram nas redações dos documentos sem a mais
elementar das virtudes: a honestidade ( como disse Dom Lefebvre), tendo como
intenção a aplicação do espírito do Concílio e do Concílio, ele mesmo.
Levando isso em consideração, podemos cogitar suspeitas bem fundamentadas a
respeito da maioria dos sentidos das palavras nos textos do Concílio. É
evidente que muitas das suas termologias sofrem de muita falta de clareza.
Alguns textos para serem interpretados com fé e verdade precisam estar ao farol
da Tradição e outros são inaceitáveis, devem ser rejeitados, descartados ou
convertidos, retificados totalmente. A perversão do léxico do Concílio foi
aberta, mundana, praticamente total no modo de expor suas idéias. Sem falar que
sua linguagem é um tanto anticatólica. Seus textos são ambíguos e contribuem
com a descristianização da sociedade. ( isso também disse
Dom Lefebvre)
De onde vem o caráter
ambíguo de alguns textos do Vaticano II?
Os equívocos foram
introduzidos voluntariamente nos textos conciliares para enganar os padres
conservadores. Enchia-se-lhes de ilusões, insistindo sobre o fato de que o
texto não queria, no fundo, dizer nada diferente do que o que a Igreja havia
sempre ensinado. Mas, ma seqüência, foi possível apoiar-se sobre essas
passagens para defender teses totalmente heterodoxas.[31]
Quinta Parte
15 – O QUE PODEMOS
CONCLUIR?
Podemos concluir que
o Concílio Vaticano II não foi obra de Deus, tão pouco foi o Espírito Santo que
o inspirou... Esse Concílio foi perverso, desastroso, catastrófico, uma ruína
nas colunas sacrossantas da Igreja Católica. Ele (o Concílio) está destruindo,
ou pelo menos, contribuindo com a destruição da Doutrina Católica, da Fé de
sempre, ele está contribuindo com a autodemolição da Igreja de Cristo, do
Cristo Rei. E diante disso, diante dele (do Concílio), nunca calaremos nossas
vozes para denunciá-lo como uma obra diabólica, dos piores inimigos da Santa
Igreja, tal obra, não veio de outro lugar, se não da cabeça dos liberais e
modernistas. A Igreja Conciliar subsiste[32],
Ela está ocupada, ocupada por quem? Por eles, os modernistas, os progressistas,
mas por quê? Um mistério... Só Deus o sabe. Isso é
um fato. Pois, a Igreja de Cristo, não são as reforma conciliar (vindas do
Concílio Vaticano II), a Esposa de Cristo é a Igreja Católica, e a Doutrina
Católica vem e é de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peçamos a Deus, a
Nosso Senhor, a Maria Santíssima, a São Tomás de Aquino, a Santa Terezinha do
Menino Jesus e a São Pio X a força necessária para enfrentarmos, sem desânimo,
o grande e constante combate pela Fé Católica nessa crise que assola a Igreja.
Pois essa crise é de Fé, é grave, muito grave, e tem por agente causador o
Vaticano II. Ele causou e continua a causar a ruína, a demolição, o desaparecimento
da fé católica.
A exemplo de
Santa Mônica que rezou com constância e fervor pela conversão de seu filho
Agostinho, tenhamos uma firmeza na oração e uma perseverança inabalável na fé,
a fim de podermos continuar, com oração e apostolado, defendendo a Sã doutrina
em sua integridade e incorrupção.
U.I.O.G.D.
[28] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. IV, o Concílio Vaticano Ii,
pág. 55.
[29] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. IV, o Concílio Vaticano II,
pág. 56.
[30] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. IV, o Concílio Vaticano II,
pág. 61.
[31] Ibem
[32] Expressão adequada usada por Dom Bernard Tissier de Mallerais, FSSPX, “A
Igreja Conciliar subsiste”.
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