PEQUENO CATECISMO SOBRE O CONCÍLIO VATICANO II
Por um Noviço do Mosteiro da Santa Cruz
13 – O QUE TEM DE
ERRADO NESSES DOCUMENTOS?
Sobre a liberdade religiosa:
Quais são as
conseqüências da liberdade religiosa?
A primeira
conseqüência da liberdade religiosa pregada pelo Vaticano II foi que os Estados
ainda católicos tiveram que mudar sua Constituição. A liberdade religiosa
trouxe a laicização do Estado e uma descristianização sempre mais avançada da
sociedade. Como se dão os mesmos direitos a todos os erros; a verdadeira Fé
desaparece sempre mais. O homem que, por sua natureza decaída, tende geralmente
a seguir a via mais fácil, tem necessidade da ajuda das instituições católicas.
Numa sociedade marcada pela Fé Católica, muito mais homens salvarão sua alma do
que numa sociedade em que a religião é um negócio privado e a verdadeira Igreja
deve existir ao lado das inumeráveis seitas, que possuem os mesmos direitos que
Ela.[23]
Sobre o ecumenismo:
Quais são as
conseqüências do ecumenismo?
As conseqüências do
ecumenismo são a indiferença religiosa e a ruína das missões. É hoje uma opinião geralmente difundida entre os meios católicos de que
alguém se pode salvar muito bem em qualquer religião. O apostolado missionário
não tem mais nenhum sentido, e acontece com freqüência que se recuse receber na
Igreja convertidos de outras religiões, que, entretanto, queriam se tornar
católicos. A atividade missionária se tornou uma ajuda social. Isso está em
flagrante aposição á ordem de Nosso Senhor: “Ide, ensinai a todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” (Mt. 28,19).[24]
O ecumenismo não é uma
exigência da caridade fraterna?
O ecumenismo, tal
como pregado pelo Concílio Vaticano II, não é uma exigência da caridade
fraterna, mas um crime cometido contra esta. O verdadeiro amor exige, com
efeito, que se deseje e que se faça o bem ao próximo. Em matéria religiosa,
isso que dizer conduzir seu próximo á Verdade. É, pois, um sinal de verdadeiro
amor o que davam os missionários, ao abandonar pátria e amigos para pregarem
Cristo em país estrangeiro, em meio a perigo e fadigas indizíveis. Muitos deram
a própria vida, abatidos por doenças ou pela violência. O ecumenismo, ao
contrario, deixa os homens em suas falsas religiões e mesmo nelas os endurece.
Abandona-os, pois, ao erro e ao imenso perigo da condenação eterna. Se essa
atitude é mais confortável do que o apostolado missionário, não é precisamente
um sinal de caridade, mas sim de preguiça, indiferença e respeito humano. Os
teólogos ecumênicos agem como os médicos que estimulam uma pessoa gravemente
doente em suas ilusões, em vez de adverti-la sobre a gravidade de seu estado e
curá-la.[25]
Sobre a colegialidade
episcopal:
O que é a colegialidade
episcopal?
O principio da
colegialidade episcopal lesa o exercício pessoal da autoridade. O papa e os
bispos são convidados a dirigir a Igreja em comum, de modo colegiado. Em
conseqüência, o bispo só é chefe de sua diocese, na teoria; na pratica, está
ligado, ao menos moralmente, ás decisões da Conferencia Episcopal, dos
Conselhos Presbiterais e das diferentes assembléias. Até Roma não ousa mais se
afirmar diante das Constituições Episcopais; cede freqüentemente ás suas
pressões.[26]
De onde vem essa ideia
de colegialidade episcopal?
O princípio da
colegialidade episcopal se aproxima do modo como os cismáticos orientais concebem a autoridade na Igreja. Encontra-se também
a influencia da idéia de igualdade propagada por Jean-Jacques Rousseau e pela
Revolução Francesa. Rousseau negava a existência de uma autoridade desejada por
Deus e atribuía todo poder ao povo. Está em oposição ao ensinamento da Sagrada
Escritura:
“Que cada um se
submeta ás autoridades instituídas. Pois não há nenhuma autoridade que não
venha de Deus. Tanto é assim que aquele que resiste á autoridade rebela-se
contra a ordem estabelecida por Deus” (Rom 13, 1-2).[27]
[23] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. V, a liberdade religiosa,
pág. 96.
[24] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. VI, o ecumenismo, pág. 129.
[25] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. VI, o ecumenismo, pág. 131.
[26] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. IV, o Concílio Vaticano II,
pág. 63.
[27] Catecismo Católico da Crise na Igreja, cap. IV, o Concílio Vaticano II,
pág. 64.
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